Chega um momento da vida em que nos questionamos se estamos no lugar certo e fazendo algo que tenha significado. Esse tema é abordado no filme. Não vou colocar spoilers para não estragar o prazer do ineditismo da peça cinematográfica.
Imagine estar trabalhando na mesma coisa por mais de 20 anos e de uma hora pra outra descobrir que não teve existência própria e que é reconhecido apenas por causa do personagem que foi na vida.
Por incrível que pareça, não é apenas coisa de filme. Até porque nós somos o que a sociedade quer que sejamos, ou seja, somos a profissão, o cargo que exercemos...a nossa função na sociedade.
Somos conhecidos como o bancário fulano, aquele que trabalha no correio, o padeiro, o marceneiro...
Praticamente não temos nomes e a nossa essência não interessa para o restante do mundo.
E o que gera a crise? A necessidade de ser reconhecido além do trabalho?
As pessoas não querem saber apenas de quem é simpático e sim daquele que pode resolver seus problemas ou dar-lhes algum tipo de vantagem - nem que seja simplesmente status.
Não é a toa que muita gente gosta de tirar foto com artista para mostrar aos que estão em sua rede social.

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